Janeiro Roxo: hanseníase é transmitida pelo ar, mas tem tratamento.
No último sábado (15), o juiz Fabio Tenenblat, da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, proibiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) e representantes da União de usarem o termo “lepra” e derivados. A decisão acompanhou um pedido do Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase) após Bolsonaro fazer um discurso com a palavra.
O movimento argumentou que “lepra” tem “teor discriminatório e estigmatizante em relação às pessoas atingidas pela hanseníase e seus familiares, outrora submetidos a isolamento e internação compulsória em hospitais-colônia”.
A doença, agora conhecida como hanseníase, está longe do conceito estigmatizante do passado, mas ainda não é amplamente conhecida pela população. A condição, transmitida pelo ar, tem tratamento —gratuito, pelo SUS (Sistema Único de Saúde)—, mas muitas vezes demora a ser diagnosticada.
O que é hanseníase?
A hanseníase é uma doença infecciosa com transmissão por vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), assim como ocorre com a covid-19 e em quadros de resfriado. No entanto, é preciso um contato prolongado com o portador do bacilo —pelo menos 20 horas ou mais por semana.
Por isso, os casos normalmente ocorrem em pessoas da mesma família, colegas de escola ou trabalho, por exemplo. Ela é causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen (alusão à Gerhard Hansen, bacteriologista que descobriu a doença em 1873). O tratamento, poliquimioterapia, é gratuito e consiste em um combo de três antibióticos.
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