‘Covid mostrou que o Brasil precisa investir em ciência’, diz presidente do CNPq.

Data: 05.05.2020

Crítico da postura do governo Jair Bolsonaro em relação à pesquisa e aos cortes de verba para o setor, o recém-empossado presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Ferreira Vilela, garante que assume o cargo para defender a ciência e que não haverá corte de bolsas neste ano.

Não será tarefa fácil. Em agosto do ano passado, o Conselho chegou a suspender 4.500 bolsas de pesquisa por falta de dinheiro. O Ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, disse, à época, ter “implorado” ao Ministério da Economia um crédito suplementar de 330 milhões de reais. Em outubro, acabaram sendo liberados 250 milhões, após pressão da comunidade científica.

Entre 2011 e 2014, a verba destinada a bolsas via CNPq cresceu, impulsionada pelo programa Ciência sem Fronteiras, que tinha a meta de distribuir 100 mil bolsas até 2015. O início da queda coincide com o fim do programa. O valor total, que atingiu um pico de 2,542 bilhões de reais em 2014, caiu gradativamente até chegar a 1,112 bilhão no ano passado.

Mas, independentemente do Ciência Sem Fronteiras, a queda é expressiva. O valor de 2010 – quando ainda não havia o programa-, atualizado pela IPCA, é de 1,683 bilhão de reais, ainda superior em mais meio milhão ao que foi concedido no ano passado. Em 2020, há 1 bilhão de reais orçado para cerca de 79 mil bolsistas.

 

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