Composto de planta brasileira combate leishmaniose e doença de Chagas

Data: 27.07.2021

Elton Alisson | Agência FAPESP – Um composto natural isolado de uma planta originária da Mata Atlântica, popularmente conhecida como canela-seca ou canela-branca (Nectranda leucantha), pode resultar em novos medicamentos para o tratamento da leishmaniose visceral e da doença de Chagas.

 

Pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz constataram em um estudo apoiado pela FAPESP que substâncias derivadas de uma molécula da planta, pertencente ao grupo das neolignanas, são capazes de combater os parasitas transmissores dessas doenças que afetam milhões de pessoas no Brasil e em outros países em desenvolvimento.

 

Os resultados do trabalho foram publicados na revista Scientific Reports e no European Journal of Medicinal Chemistry.

 

“Observamos que os compostos foram altamente potentes contra a Leishmania infantum, causadora da leishmaniose visceral, e o Trypanosoma cruzi, transmissor da doença de Chagas”, disse André Gustavo Tempone, pesquisador do Centro de Parasitologia e Micologia do Instituto Adolfo Lutz e coordenador do estudo, à Agência FAPESP.

 

Os pesquisadores da instituição têm se dedicado nos últimos anos a identificar compostos provenientes da biodiversidade da Mata Atlântica que possam resultar no desenvolvimento de novos fármacos para combater doenças negligenciadas – causadas por agentes infecciosos ou parasitas e que afetam principalmente as populações mais pobres.

 

Durante um projeto em colaboração com João Henrique Ghilardi Lago, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), foi possível isolar a neolignana.

 

Veja a notícia completa em: https://agencia.fapesp.br/composto-de-planta-brasileira-combate-leishmaniose-e-doenca-de-chagas/30918/

 

Pesquisadores do Instituto Adolf Lutz constatam que substâncias sintetizadas de molécula da canela-seca são capazes de matar os parasitas transmissores dessas doenças negligenciadas (fotos: Ana Claudia Torrecilhas e J. P. Maçaneiro/Flora Digital)